Leia-me
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Faz tempo que não escrevo. Bem, para os meus moldes, faz tempo. Escrever é uma das minhas mais delicadas linguagens, tanto para comigo, quanto para quem presenteio ou mesmo para quem nem me conhece e tem alguma curiosidade para me ler. Me ler. Isso é melhor que um “te amo”. Te amo é falado de qualquer modo, vira lugar comum, expressão corriqueira para demonstrar um sentimento que está posto – e nem por isso tem menos valor. Mas “me ler” tem um significado muito mais profundo em minhas emoções. Assim como substituir o “tchau” por um “te amo” pode ser algo banal, alguém pode me ler e não entender, não assimilar, não prestar a menor atenção. Mas quando alguém me lê e compreende o dito, o não dito, as entrelinhas, as métricas, o caps lock, o sussurro, não importa, porque quando alguém me lê eu me sinto contemplada. Tudo bem se for apenas um ego que gosta de afago (e qual não gosta?!), tudo bem se a leitura se resumir a um capitulo, uma página, uma frase, uma palavra. Não é uma questão ...