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Mostrando postagens de junho, 2025

Eu só existo no olhar do outro?

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Fiz análise por muito anos. Foram várias as fases da minha vida em que senti a necessidade de ter esse suporte para me apoiar a atravessar tempestades e maremotos, mas recentemente eu optei por pausar. Foi uma pausa “consensual”, no sentido de que minha analista já vinha fazendo esse convite, de que eu estava em boas condições psíquicas de lidar com as questões da minha vida. Desde que ela sinalizou isso, levei ainda uns 3 meses pra admitir que sim, que eu também queria viver comigo mesma, pois já não sentia a necessidade constante de ter um apoio além de mim mesma. E assim tem sido nos últimos 2 meses. Está sendo uma experiência bem nova e muito reconfortante essa de viver sabendo as decisões que tomar. Opa, vou corrigir essa fala. Sabendo não, simplesmente tomando as decisões, mas sem a insegurança tremenda se o que estou fazendo é certo ou errado. Tomo a decisão e tenho tido a segurança de me sentir à vontade com a consequência. Às vezes dá super certo, às vezes machuca, mas nenhuma...

Minha segunda percepção sobre o filme Baby Girl

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A primeira vez que vi o filme “Baby Girl” foi no cinema e eu me senti mal do começo ao fim. O filme se mostrou ruim, péssimo, com atores fantásticos interpretando papeis medíocres, com uma mulher sendo objetificada ao mesmo tempo que emula comportamentos masculinos de poder, inclusive, sobre outra mulher. Uma estereotipação dos gêneros, colocando o marido em lugar de “corno manso”, se no Brasil fosse, e o jovem Mucilon exercendo um poder sobre esta mulher madura, independente e “dona da porra toda”, fortalecendo mais uma vez a imagem de que a mulher se perde sempre que encontra um homem que a domine, como se somente assim ela se sentisse completa. Paralelamente ao filme, neste momento, minha vida estava passando por um vácuo de relacionamentos afetivos, em que eu nem sabia se meu corpo sabia o que fazer ao estar próximo de outro corpo. Eu estava vivendo para o trabalho e para as atividades do cotidiano, curando uma relação difícil que havia se rompido há meses, mas que ainda não havi...