Eu só existo no olhar do outro?
Fiz análise por muito anos. Foram várias as fases da minha vida em que senti a necessidade de ter esse suporte para me apoiar a atravessar tempestades e maremotos, mas recentemente eu optei por pausar. Foi uma pausa “consensual”, no sentido de que minha analista já vinha fazendo esse convite, de que eu estava em boas condições psíquicas de lidar com as questões da minha vida. Desde que ela sinalizou isso, levei ainda uns 3 meses pra admitir que sim, que eu também queria viver comigo mesma, pois já não sentia a necessidade constante de ter um apoio além de mim mesma. E assim tem sido nos últimos 2 meses. Está sendo uma experiência bem nova e muito reconfortante essa de viver sabendo as decisões que tomar. Opa, vou corrigir essa fala. Sabendo não, simplesmente tomando as decisões, mas sem a insegurança tremenda se o que estou fazendo é certo ou errado. Tomo a decisão e tenho tido a segurança de me sentir à vontade com a consequência. Às vezes dá super certo, às vezes machuca, mas nenhuma...