Há muita eletricidade em mim

Ao ler esse poema do Otto me veio imediatamente a palavra tédio. Mentira, a primeira coisa que veio foi “em mim também”, a segunda coisa foi “então porque me sinto assim?”, a terceira foi “você ainda tem dificuldade de viver o tédio”, a quarta coisa rebateu “Ju, você precisa aprender a viver os vazio” e só na quinta coisa foi que me veio à mente “tédio” em letras garrafais e neon. Essa palavra me remete a algo ruim, tempo perdido, desperdício de algo que pode(ria) ser incrível. Negar o tédio gera ansiedade ao passarmos muito tempo pensando com como preencher esse vazio e, quando nosso corpo pede descanso e nossa mente implora pra permanecermos no tédio, inconformados com essas exigências, dormimos. Porque, se não conseguimos fazer nada durante esses mortíferos vazios, vamos apagar, assim não sentimos e não vemos esse tempo dedicado ao nada, passar. E logo surge uma necessidade qualquer que nos obriga a sair desse estado e a agir: fazer comida, lavar a louça, trabalhar, conversar e...